domingo, 2 de dezembro de 2007

Foi assim de mansinho

Foi assim de mansinho que senti
As tuas mãos deslizarem
Percorrendo meu corpo
Senti a chuva cair em nós
Um aperto suave, teu em mim
Dois braços que me rodearam
Teu encosto, coração acelerado
E a chuva...
Olhos nos olhos, desejando
Sentia o medo congelar-me
Prendi-me em ti como criança
Num segundo invadiu-me o calor
Teus lábios junto de mim
A tua respiração,
O ar quente saindo de ti
Arrepiando-me no pescoço
Sentir tua boca percorrer-me
Procurando a minha
Esqueci o medo
Nada em mim se separa de ti
Vou ao encontro
Deixo-me beijar
Uma lágrima que se confunde com a chuva
Uma gota de sal que escorre
Um medo que se apaga
E o teu beijo no meu
Provocando ondas de calor

Mas afinal...
pouco depois,
num sobressalto da madrugada...
acordei!
estava a sonhar pouco antes.

Sem comentários: